sábado, 11 de julho de 2009

Óscar


O Óscar é um menino, uma personagem de um livro único , que desde digo é mais que uma personagem para todos que tenham o prazer desta leitura. O Óscar tem 11 anos e esta muito doente á beira da morte...Ao mesmo tempo que o cansaço o acompanha também a raiva toma conta dele, pois todos (menos uma pessoa) passam a tratá-lo como se ele tivesse culpa de estar muito doente(é isto que uma criança sente quando os adultos que a rodeiam sofrem , e deixam de falar com ela mentindo á cerca da sua vida ,ou melhor da sua morte). Este menino é "embalado " por uma sra(voluntária) a Vovó-Rosa nos seus últimos 12 dias. A Vovó-Rosa é a única que no meio de uma tristeza disfarçada de alegria faz com que Óscar encare o seu destino de maneira tranquila. Graças á magia desta sra. Óscar morre com a ideia de que tem 110 anos, que foi muito feliz e que a vida fez todo o sentido. É uma lição , não de vida mas de morte...E a realidade é esta, nem todos nós vivemos esta angustia de forma penosa há quem a saiba levar de forma certa...com AMOR que é tudo o que somos , queremos e temos.

Dia 2 de Julho

Hoje, foi o dia mais triste que tive no serviço. Cheguei ao 12.30h , e antes de lá chegar logo vi que não estava bem, e quando lá cheguei tive a confirmação. Para (des)ajudar a enfermaria estava imensamente calma, o silêncio doía,e pela primeira vez nem sabia o que dizer ás duas pessoas que estavam em condições de falar. Dei o almoço aos doentes, e passados poucos minutos estava na hora da higiene, medicação etc...Aqui então a minha utilidade desapareceu e fui embora ,triste e com vontade de chorar,senti que não tinha feito nada, e mais remorsos tive quando cheguei á associação(sim tive necessidade de ir á associação, precisava de desabafar )e vi que tinha largado o serviço duas horas antes! Esperei hora e meia pelo meu anjo da guarda ( a minha querida coordenadora)que estava em reunião com uma doutora a tratar de coisas importantes. Tive mesmo necessidade de esperar...e no meio do desabafo foi por pouco que não chorei como os pequeninos ao colo da mãe. Este dia foi o pior, achei que foi minha culpa mas depois percebi que não. Não pensem que conseguimos dar amor sem estarmos nós próprios bem, não ninguém que o consiga ,porque ai estamos demasiadamente ocupados a pensar em nós!Para completar o dia mau, ainda tive noticias tristes de doentes que passaram por ali...Resta-me guardar a bonita lembrança que tenho deles.Melhores dias virão e como sempre vontade não me falta de lá estar...muito menos amor.